A Cindy Coelho Monteiro é hoje uma competente enfermeira, e foi uma menina que, desde muito cedo, conheceu o Menino Jesus de Praga. Tanto assim que, na linguagem de um grupo restrito de familiares e amigos, o Menino Jesus é designado como “o nosso Menino”. Ela é uma avessadense, vizinha do Santuário.
Aconteceu que no dia 14 de Janeiro de 2018, no seu regresso a Bragança após uma visita aos seus pais em Avessadas, ao descer a Avenida dos Bombeiros Voluntários, em Marco de Canaveses, foi vítima de um acidente brutal, provocado por um carro “louco” que subia a mesma Avenida. O resultado físico deste acidente foi o seguinte: “fractura da plataforma superior da D 11 com depressão do predomínio anterior; fractura da plataforma da D 12 com recuo do muro posterior de 30%; ligeiro edema ósseo subcortical da plataforma superior da D 3”. É claro que toda a gente, a começar pelos médicos, falava na cirurgia que tinha de fazer à coluna. E era o que se esperava. No entanto, o cirurgião que iria operá-la, ao ver os exames apresentados antes da operação, constatou que “o recuo tinha ido ao sítio sem cirurgia”. Ele ficou de alma parva e, tal como os doutores da Lei perante a cura do paralítico, disse: “Nunca vimos coisa assim” (Mc 2, 12).
Quando a Cindy, uns tempos mais tarde, me descrevia o acidente e o consequente calvário pelo qual passou, não deixou de me confessar: “quando vi a estupefacção do médico perante este “milagre”, pensei logo para comigo: foi o nosso Menino”.
E se o médico repetia com os doutores da Lei que “nunca vimos coisa assim” (Mc 2, 12), a Cindy e o seu grupo restrito de familiares e amigos “ficaram estupefactos e glorificaram a Deus, dizendo cheios de temor: Hoje vimos maravilhas!” (Lc 5, 25).
Depois da nossa longa conversa, despedi a Cindy na portaria do Santuário e fiquei uns breves momentos na igreja. Lá, do seu trono real, o Menino lembrou-me a promessa feita à Venerável Margarida do Santíssimo Sacramento: “Recorre ao Meu coração e, cada vez que quiseres obter uma graça, não deixeis de ma pedir pelos méritos da Minha Santa Infância porque não ta recusarei”.
A minha “conversa com o Menino” engatou e apresentei-lhe também os pedidos que trago em carteira, entre os quais o da cura do Duarte (menino de 7 anos, de Várzea do Douro, cliente do IPO). E a minha conversa com o Menino (oração) terminou como das outras vezes: Eu peço, o resto é contigo! E, se não me atenderes, amigos como antes!