O Presépio e a árvore de Natal são sinais natalícios sempre sugestivos e muito queridos às nossas famílias: eles evocam o Mistério da Encarnação, pelo qual o Filho Unigénito de Deus Se fez homem para nos salvar, e a luz que Jesus trouxe ao mundo, com o Seu nascimento. Por isso, propomos que se faça um Presépio familiar, em casa, na pequenina Igreja, a Igreja doméstica, à semelhança do Presépio comunitário, que construiremos na Igreja, logo na primeira semana do Advento.

Mas o Presépio e a árvore comovem o coração de todos, até mesmo daqueles que não creem, porque lhes falam de fraternidade, intimidade e amizade, exortando os homens do nosso tempo a redescobrir a beleza da simplicidade, da partilha e da solidariedade. O Presépio e a árvore de Natal são um convite à unidade, à concórdia e à paz; um convite a dar lugar, na nossa vida pessoal e social, a Deus, que não vem impor o Seu poder com arrogância, mas oferece-nos o seu amor todo-poderoso através da figura frágil de um Menino.

Portanto, o Presépio e a árvore transmitem uma mensagem de luz, esperança e amor, a que são sensíveis mesmo os mais distantes da vivência da fé cristã. Por isso, propomos que se faça um Presépio em lugar público, convocando e envolvendo as forças vivas locais, para a sua construção e dinamização.

De facto, os valores do cristianismo fecundaram a cultura, a literatura, a música e a arte das nossas terras, e ainda hoje tais valores constituem um património precioso que deve ser conservado e transmitido às gerações futuras, nomeadamente nestas representações do Presépio.

Esta iniciativa de propor também um Presépio numa rua, numa encruzilhada, numa praça, permitir-nos-á, segundo o nosso Plano Diocesano de Pastoral, “criar comunidades missionárias que não passem a vida a repetir indefinidamente o que sempre se fez, mas a «fazer» evangelicamente o que há que fazer neste nosso tempo. E, hoje, temos de ser uma Igreja «fora de portas», uma «Igreja na rua». Particularmente as Paróquias: só o são, realmente, se conseguirem prestar atenção à realidade envolvente onde é preciso chegar a Boa Notícia do Evangelho, ou como diz o Papa, quando se tornam «a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas [..] em contacto com as famílias e a vida do povo» (EG 28)”.

(Dom Manuel Linda, Plano Diocesano de Pastoral 2018/2019, n.º 5).