Entrei numa sala onde há várias mesas e cadeiras agrupadas para um trabalho de grupo – ninguém faz nada sozinho! –, pois no grupo encontra-se a força.
Ali, à direita, está uma imagem de Jesus Menino com as ferramentas de carpinteiro, um ofício que exerceu. Todos os ofícios, todos os trabalhos são dignos.
Então lembrei-me da expressão: Quem não trabalha também não deve comer, isto é, quem não quer trabalhar. Ali, junto do Menino carpinteiro, rezei pelos que não têm trabalho, pelos povos que passam fome e pela necessidade de partilhar aquilo que temos e trabalhar para glória de Deus, tal como Jesus fazia. Também Lhe pedi protecção para os que fazem o seu trabalho servindo os outros.
No outro lado está a Mãe de Jesus, numa atitude de louvor e súplica. Entre a imagem de Nossa Senhora e a de Jesus Carpinteiro está uma Cruz. É o Filho crucificado! Ela acompanhou-O sempre, desde o nascimento até à morte, no sofrimento e no oferecimento total da Sua vida: ninguém tem maior amor do que Aquele que dá a vida pelos amigos. Mãe e Filho demonstraram sempre o que viveram: seja feita a Vossa vontade assim na terra como no céu. Esta entrega total foi pelos Seus filhos. Por mim também. Obrigada, Mãe!
Pela janela vê-se a vida, as árvores, verdes e viçosas, carregadas com os frutos do trabalho do homem e da graça de Deus, que nos é concedida a todos e a quem está desperto para a Sua presença. Isto vem-nos lembrar que os frutos de quem corresponder à Sua vontade serão ainda mais, e mais bela será a nossa vida.
Que Nossa Senhora nos ajude e que o seu Filho nos desperte para seguirmos o caminho e o projecto que Ele traçou para cada um de nós.
Maria Lurdes Marques